Blog do Leonardo Passos

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sábado, 26 de março de 2011

CPI da CBF


Começa hoje no twitter uma campanha cujo objetivo é chamar a atenção da imprensa  e dos mais variados meios de comunicação pra CPI da CBF. Vários setores da sociedade estão apoiando o movimento, principalmente os torcedores dos clubes de futebol brasileiros, onde postam a Rash Tag #CPIdaCBF. O Deputado Anthony Garotinho (PR-RJ), da bancada do Rio de Janeiro na Câmara Federal, é o propagador da idéia de que há uma necessidade latente e urgente de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para investigar Ricardo Teixeira, presidente da instituição máxima do futebol brasileiro: CBF e do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo 2014 (COL).  O deputado carioca afirma que é necessário investigar a procedência dos contratos de televisão, a divisão de lucros, a possibilidade de lavagem de dinheiro, os incentivos fiscais garantidos por Lei Federal pra CBF e seus parceiros, dentre outros.

Ricardo Teixeira está à frente da CBF desde 1989, ou seja, há mais de 20 anos! Seu quinto mandato consecutivo terminou em 2007, mas foi prolongado, sob acordo, até o final da Copa de 2014, no Brasil.

Na última divulgação do site oficial de Garotinho, constava a presença da assinatura de 147 deputados de 171 necessárias. Mas, segundo uma matéria publicada na Folha de São Paulo, 34 destes irão retirar seus nomes da lista. Este seria o fruto de investidas de Teixeira, que tenta a todo custo impedir a realização da CPI. E visando evitar que o investiguem, reuniu-se com os líderes dos partidos na Câmara, além de ter visitado o Palácio do Planalto. O presidente da CBF faz a alegação de que a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito prejudicaria a imagem do Brasil em um período de preparação para Copa. Outro argumento usado é o de que não há dinheiro público na entidade. Mas, Garotinho rebate a afirmação de Teixeira:

"- O contrato inicial do COL dizia que os sócios, independente de sua participação acionária poderiam dividir os lucros entre si. Os sócios são a CBF e a pessoa física Ricardo Teixeira. Sendo mais claro: Ricardo Teixeira e Ricardo Teixeira decidiriam quanto ele iria receber. Diante da denúncia, ele fez um novo contrato social mascarando essa cláusula porque em outra parte do contrato social Teixeira continua tendo poderes para fazer retiradas financeiras antes do final da Copa: 'semestralmente, trimestralmente, ou de acordo com a decisão dos sócios'. Vale lembrar que os sócios são Teixeira e Teixeira."

"- Outro argumento é que não há dinheiro federal. Provei que era mentira. A Lei 12.350, de 20 de dezembro de 2010, concede à CBF, à FIFA e todas as empresas credenciadas pelas entidades, a isenção de todos os tributos federais para a realização da Copa das Confederações (2013) e da Copa do Mundo (2014). Renúncia fiscal é dinheiro público. O governo está abrindo para a CBF e até mesmo para empresas privadas credenciadas pela entidade de IR retido na fonte, IPI, PIS – PASEP, COFINS, CSSE (Contribuição Social sobre o Lucro das Empresas) e mais uma dezena de impostos e tributos federais. Isso não é dinheiro público? Não é dever da Câmara dos Deputados fiscalizar a aplicação correta do dinheiro, que deixará de entrar nos cofres federais e vai beneficiar a CBF e uma centena de empresas?"

Vamos pressionar pra que haja a abertura da CPI da CBF, pelo bem do Brasil, pelo fim da corrupção no esporte e pelo processo de moralização do futebol brasileiro!

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